segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Kepping up with the refugges



Será que chegámos ao ponto de ter de criar títulos alusivos a reality shows para divulgar temas importantes e para o fazer, de facto, ler o artigo?
Espero que o facto de este título ser parecido ao título do reality show Kepping up the Kardashains não seja a verdadeira razão pela qual decidiu prosseguir com a sua leitura. Mas já que aqui está, posso então falar-lhe de uma temática intemporal que tem adquirido grande destaque nos últimos anos: Refugiados.
E foi exatamente subordinada ao tema “A Crise dos Refugiados na Europa e as mobilidades transnacionais” que pela voz da Dr.ª Joana Ribeiro do Centro de Ciências Sociais (CES) de Coimbra  se deu uma sessão de sensibilização e debate no auditório professor Américo Gonçalves, na Escola Secundária de Peniche, no dia 7 de janeiro, pelas 15h.

Recorrendo a um enquadramento histórico-social no sentido de integrar no tempo e no espaço os alunos dos diferentes cursos (profissionais e científico-humanísticos) e anos (10.º e 12.º anos) discutiram-se as mais variadas matérias, desde questões geográficas a nível de fronteiras e do fecho ou não das mesmas, ao estatuto de refugiado, bem como a desconstrução de mitos, e a definição de diversos conceitos relacionados com migrações (imigrante, por exemplo).
Abordaram-se, também, questões relacionadas com as medidas político-sociais levadas a cabo por uma generalidade de países, e os impasses à deslocação e acolhimento dos refugiados.

Como não podia deixar de ser, os números não mentem. E, como tal, para suportar estaticamente o discutido, apresentaram-se diversos dados, nomeadamente de ACNUC, entre outros, com a finalidade de ampliar não só o conhecimento dos alunos, como dar-lhes a conhecer os factos, os números, a realidade. Mostrar-lhes as proporções, fazendo uma comparação entre turistas, refugiados, migrantes, requerentes de asilo, entre outros.

A questão dos Refugiados, como discutido em debate com alunos e professores, passou pela transmissão desta temática nos media como entrave ao conhecimento amplo da questão nas camadas mais jovens do país. A verdade, e como debatido em sessão, é que temáticas como a Guerra  Civil da Síria são poucas vezes relacionadas com a origem dos refugiados sírios, por exemplo.

Outra das questões pela qual a oradora foi interpolada, foi precisamente a ajuda a refugiados em deterioração, neste caso concreto, de sem-abrigo, questão à qual respondeu de forma esclarecedora e eficiente.

A sessão contou com a presença de elementos da Equipa da Biblioteca/Centro de Recursos em associação com a secção da Amnistia Internacional da Escola Secundária de Peniche, dinamizadoras da sessão pelos seus coordenadores, Maria José Gonçalves e Fausto Costa, respetivamente, e, ainda, com as extraordinárias e surpreendentes performances do Clube de Teatro e da turma do 12º ano do Curso Profissional de Animação SócioCultural (CPASC) sobre a temática dos Direitos Humanos com a coordenação da professora Laura Diniz.


Agora que chegou ao fim do artigo, pense nisto: se uma Escola Secundária se propõe a educar os seus alunos em conhecimento e consciência, de que está à espera para se educar a si próprio e procurar esclarecimentos?

Mariana Cristo, aluna do 11.º LH e da Secção da Amnistia

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