Estes são os poemas vencedores:
1.º LUGAR – Representante da escola para a fase nacional
ANORMALMENTE
NORMAL
Por revolta, gritei na rua…
Senti-me fresco, aliviado
Cinco mil me encaravam
Por cinco mil fui criticado.
Senti-me fresco, aliviado
Cinco mil me encaravam
Por cinco mil fui criticado.
Chegou apenas um berro,
Um grito seco, alto e rouco
Meio segundo de barulho
E a multidão julgou-me louco.
Um grito seco, alto e rouco
Meio segundo de barulho
E a multidão julgou-me louco.
E por que não um grito?
Por se dizer anormal é proibido?
Normal é ver mendigo no chão,
Ignorar e deixar caído?
Por se dizer anormal é proibido?
Normal é ver mendigo no chão,
Ignorar e deixar caído?
A lógica social é demente,
Incompreensível e irracional
Ninguém pode dizer a ninguém
O que é ou não é normal.
Incompreensível e irracional
Ninguém pode dizer a ninguém
O que é ou não é normal.
Somos macacos de imitação
O nosso habitat é a sociedade
Se não fizermos o que o outro faz
Somos criticados sem piedade.
O nosso habitat é a sociedade
Se não fizermos o que o outro faz
Somos criticados sem piedade.
Cinco mil gritam na rua…
Receoso das críticas, fiquei calado
Pensando agora ser normal,
Por cinco mil sou mal olhado.
Receoso das críticas, fiquei calado
Pensando agora ser normal,
Por cinco mil sou mal olhado.
João Rodrigues Bruno, 11º CE1
2.º LUGAR
CURTA
METRAGEM
O coração sente,
É o realizador.
A palavra disfarça,
É o ator.
O ator aparenta cor,
Quando há dor…
Aparenta dor,
Quando há cor…
E que faz o realizador?
Manda apenas representar
a dor?
Manda apenas representar
a cor?
Afinal, quais as reais?
As dores ou as cores?
Qual o que sente,
verdadeiramente, a cor e a dor?
O realizador ou o ator?
Maria João Serrador, 12.ºCT2
3.º LUGAR
Já passaram dias,
Meses, estações e anos.
Os dias de alegria já não passam por
aqui.
Passam apenas dias em vão,
O meu pobre coração está sombrio,
Nem as flores nascem neste amor vazio.
Era tão delicado este amor,
Que o envolvi em algodão.
Foi esta a minha reação de mera
protecção.
Queria que estivesse seguro,
Que ninguém lhe mexesse.
Contudo não aconteceu,
Alguém lhe atirou uma pedra.
Acertou em cheio,
Matou o amor e partiu o coração.
De que serviu o algodão e toda a
protecção?
Se o amor está morto e o coração
partido?
Aconselharam-me a cola como tratamento,
Mas de que servia se o amor estava
morto?
Não seria feliz sem ele,
Nem com um coração colado.
Continuo a interrogar-me,
Porque o mataram se também viviam nele?
Mataram-no quando estava frágil,
Não se pôde defender, morreu cedo de
mais.
Até hoje não enterrei o amor,
Não consegui, não tive coragem.
Gostava que ele ressuscitasse,
Que voltasse a morar em mim e em ti.
Não dizem que Deus também ressuscitou?
Cada vez o cansaço é maior,
Mas não é um cansaço físico ou mera
fatiga.
É um cansaço psicológico,
De quem não aceita que o amor morreu.
Adriana Sousa, 10.º AV1
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