A expectativa era imensa, uma vez que desde o início do ano, e como herança da antiga coordenadora da BE, a prof.ª Marisa Mendes, aguardávamos esta vinda de Gonçalo Cadilhe, o escritor-viajante. O elo de ligação foi a prof.ª M.ª do Rosário Silva, professora aposentada e que o conheceu pessoalmente numa das espetaculares viagens que ele guia.
O auditório esteve completamente cheio.
Para começar, a turma do 10.º ano do curso de Ciências Socioeconómicas preparou, com a prof.ª Celeste Freitas, em Português, uma apresentação divertida e simultaneamente informativa com elementos biográficos sobre o escritor. Com este excelente ponto de arranque, o escritor passou a falar sobre aquilo que é importante na vida que decidiu ter. Escolheu a metáfora das casas espalhadas por todo o mundo, que diz serem suas, porque estão na sua memória (apesar de não as deter financeiramente), para falar sobre o que é o seu trabalho enquanto escritor e viajante. Um discurso fascinante, centrado naquilo que é essencial e comum a todos os seres humanos.
As perguntas serviram para que a interação continuasse e que a assistência percebesse como pode ser tão rica uma vida plena de diversidade, apesar de despojada de bens materiais.
A plateia saiu refrescada com alguns dos valores da Humanidade revistos na figura deste escritor.
Como registo da viagem feita pela prof.ª Maria do Rosário Silva, "Na Ásia com Fernão Mendes Pinto", fez-se uma exposição na Biblioteca, com textos recolhidos do próprio Roteiro de Gonçalo Cadilhe, onde cita os passos do livro Peregrinação que serviram de itinerário para o percurso feito. Assim, comemorando os 400 anos da publicação do livro, foram fotocopiados os excertos da obra para leitura comparativa.
Rostos da Escrita - Gonçalo Cadilhe from Biblioteca ESP on Vimeo.
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