quarta-feira, 22 de maio de 2019

A genética portuguesa


A genética do ser humano em todo o mundo varia bastante, de pessoa para pessoa, devido a mutações nos genes e às misturas entre povos diferentes, que ocorreram em todos os países no mundo em algum momento da sua história.

Analisando a história do nosso país, é fácil apercebermo-nos das muitas intervenções que outras populações tiveram nela, moldando a genética portuguesa até à atualmente existente. Aproximadamente 50 mil anos antes de Cristo, ainda no paleolítico, reuniram-se tribos na Península Ibérica que se pensam ter originado os genes a25-BIS-DR2 e a26-B38-DR13, que se encontram na atual constituição genética do povo português, genes que são extremamente raros, praticamente exclusivos de Portugal, o que provoca, desde o princípio da existência do ser humano na Península Ibérica, uma diferenciação dos portugueses para o resto dos povos europeus. Alguns milhares de anos depois, a Península Ibérica volta a receber povos estrangeiros, como os Bérberes que fugiam de uma África que começava já a desertificar. A partir daí, o futuro território português, nos últimos três milénios, continuou a ser muito instável, com as suas relações com cartagineses, celtas, gregos e fenícios; pela sua conquista pelos romanos durante vários séculos, seguidos pelos mouros que ainda mais tempo se mantiveram no país e, finalmente, os escravos negros provenientes de África que tiveram também uma grande influência genética no povo português, entre os séculos XVI e XVII.
Depois de todas estas misturas raciais e influências estrangeiras, é fácil concluir que Portugal se tornou num país extremamente diversificado, muito distinto da maioria dos países no mundo, o que é verificável até nas mais restritas aldeias no interior do país, como pudemos constatar na primeira reportagem observada, onde é relatada uma parte da história de uma pequena aldeia chamada Rio de Moinhos, no Alentejo, onde seria de esperar que encontrássemos uma pequena comunidade nitidamente portuguesa, uniforme e pouco variada e, no entanto, vemos uma grande caldeirada genética, provocada principalmente pela introdução de negros e outros povos portugueses na aldeia, por estes serem mais resistentes à doença da malária que nessa altura assolava aquela terra.

Concluindo, Portugal é agora um país tão variado e com uma população com uma genética tão vasta e diferente, que não podemos ter razões para diferenciar as pessoas pela sua raça ou pelo sítio de onde provêm, algo que é essencial para termos uma sociedade justa e equilibrada, como a nossa.

 (Trabalho elaborado por um aluno do 10.º CT3, na aula de Português)

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