O poeta e romancista José Carlos Barros vence o Prémio Literário Leya com "As Pessoas Invisíveis" anunciou esta terça-feira o júri ,reunido na sede do grupo editorial, em Alfragide, presidido por Manuel Alegre, era constituído pela poetisa Ana Paula Tavares , pela jornalista Isabel Lucas pelos professores Universitários José Pereira e Lourenço do Rosário, pelo escritor Nuno Júdice e pelo editor, jornalista e tradutor brasileiro Paulo Werneck.
A obra "As Pessoas Invisíveis" com a qual o escritor concorreu é, de acordo com comunicado enviado às redações, "uma viagem por vários tempos da história recente de Portugal desde a década de quarenta do século XX narrado a partir de uma personagem ambígua, Xavier, que age como se tivesse um dom ou como se precisasse de acreditar que tivesse um dom".
São ainda abordados temas como "a ambição do ouro, a posição de Salazar face à Guerra, a guerra colonial com todas as questões que hoje levanta, o nascimento e os primeiros anos da democracia".
"Em todas essas paisagens e em todos os tempos que o romance toca, a palavra é de quem não a costuma ter. Dramática, velada, fugaz, lapidar, tocada pelo sobrenatural", é explicado, havendo destaque para os "habitantes do mundo rural ou os negros das colónias", que "são seres quase diáfanos que sublinham uma sensação de quase perdição que atravessa todo o livro e constitui um dos seus pontos mais magnéticos"
O júri destacou também "o trabalho de linguagem, o domínio de uma oralidade telúrica a contrastar com a riqueza de vocabulário e de referências histórico-sociais".
Autor de uma vasta obra poética , venceu o Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama " em 2009 com "Os Sete epígonos de Tebas" .
Em 2012 foi a sua estreia na prosa com o romance "O Prazer e o Tédio", adaptado ao grande ecrã pelo cineasta André Graça Gomes .
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